Informação estava no telefone do ex-ministro Geddel Vieira Lima
A Câmara dos Deputados divulgou nesta segunda-feira (16/10), o número do telefone celular particular do presidente da República, Michel Temer (PMDB). Essa informação estava registrada no aparelho Iphone do ex-ministro da Secretaria de Governo da Presidência Geddel Vieira Lima, apreendido pela Polícia Federal durante a Operação Lava Jato. O ex-ministro está preso preventivamente no Presídio da Papuda, em Brasília, em razão das suspeitas de que manteve R$ 51 milhões num “bunker” em Salvador. O conteúdo faz parte do material com centenas de documentos e vídeos de delatores.
A reportagem do jornal O Globo ligou para esse número e confirmou ser mesmo do próprio presidente.
“Estou falando com presidente, não estou?”, perguntou o repórter. “Está, perfeitamente”, disse Temer.
Ainda ao repórter, o presidente minimizou a publicação de seu número pessoal no site da Câmara. “Se você ligar para qualquer ex-ministro, ou qualquer deputado, vai encontrar esse número”, afirmou. “Aliás, umas das críticas que recebo é que eu atendo o meu celular.”
A conversa entre os dois não parou por aí. Temer ainda respondeu perguntas sobre os registros de e-mails enviados por Geddel ao presidente por meio do Iphone apreendido pela PF. O bate-papo só acabou depois que o repórter questionou Temer a respeito da carta que ele enviou aos deputados federais na qual criticava a segunda denúncia da PGR contra ele.
Em carta, presidente se diz vítima de conspiração
O presidente Michel Temer enviou uma carta a parlamentares para se defender das acusações contra ele. No texto, Temer afirma que é vítima de uma conspiração que, segundo ele, teve participação direta do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot.
“Jamais poderia acreditar que houvesse uma conspiração para me derrubar da Presidência da República. Mas os fatos me convenceram. E são incontestáveis”, escreveu.