Justiça decretou prisão preventiva do casal
Um foi preso suspeito de espancar e matar a filha de cinco anos, na noite desta sexta-feira (02/03), no Centro de Itapetininga (SP). De acordo com a Polícia Civil, os pais acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) durante a noite e disseram que a filha estava convulsionando, depois de uma queda.
A criança foi levada ao pronto-socorro da cidade em estado grave. A equipe médica verificou que a menina estava com diversos hematomas pelo corpo e chamaram a polícia. Devido à gravidade dos ferimentos, a criança foi transferida ao Hospital Regional de Sorocaba, mas não resistiu e morreu na manhã deste sábado (03/03).
Versão dos pais não condiz com opinião médica
Segundo a polícia, ao questionar os pais, Débora Rolim da Silva, de 24 anos, e Phelipe Douglas Alves, de 25 anos, alegaram que a criança tinha o costume de se machucar e, que neste dia, também havia caído da cama, o que teria provocado a convulsão. Os médicos, no entanto, disseram à polícia que as lesões não condizem com a versão dos pais.
Diante dessas informações, os pais foram presos e encaminhados à delegacia da cidade, onde vão responder por maus-tratos qualificado pela lesão grave. Em seguida, eles foram encaminhados ao Fórum, onde passaram por audiência de custódia. A mulher foi encaminhada à Penitenciária Feminina de Votorantim e o homem ficará na Penitenciária II de Itapetininga. A polícia disse que objetos e aparelhos pessoais como celulares foram apreendidos e encaminhados para a perícia.
A polícia diz ainda que o casal tem passagens na polícia por maus-tratos contra a criança e que são usuários de drogas.Outros dois filhos do casal, uma menina de 9 anos e um menino de 4, estão sob responsabilidade do Conselho Tutelar de Itapetininga.
Avó pediu guarda de criança
Irene de Jesus, avó materna da menina falecida, contou ter presenciado cenas de agressão:
“Um dia fui à casa deles e o pai estava batendo nela durante o banho. Falei para pararem, mas me disseram: ‘tem que educar’. Ele estava batendo nela com cinto.”, afirmou.
A avó diz que após presenciar as cenas de agressão tentou conseguir a guarda da criança, mas não conseguiu:
“Às vezes via marcas roxas nela [criança] e ela [Débora] dizia que a menina tinha caído, mas sempre suspeitei que fosse mentira. Até tentei pegar ela para criar, mas não consegui”, lamenta.
Fonte: G1